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2004-11-12
Graças ao degelo, o tráfego marítimo poderá cruzar o Ártico regularmente, abrindo uma rota navegável mais rápida entre os oceanos Atlântico e Pacífico e, sobretudo, protegida da ameaça terrorista e da pirataria, dizem especialistas. Uma rota marítima ao norte, ao longo da costa siberiana, seria pelo menos 40% mais curta do que a atual rota entre Europa e Ásia, que requer um longo desvio pelo Canal de Suez. — Talvez até meados do século esta rota seja usada porque as outras têm alguns elementos de segurança, disse Lawson Brigham, o vice-diretor e diretor regional no Alasca da Comissão americana de Pesquisa sobre o Ártico. Esta conseqüência positiva do derretimento da calota polar contrasta totalmente com outras previsões trágicas sobre mudanças climáticas no Ártico, enquanto os pesquisadores prevêem o aumento do nível do mar e a extinção de algumas espécies, tais como de ursos polares, que precisam do gelo para ter acesso às suas presas.

Alto risco
As rotas marítimas tradicionais, que freqüentemente requerem uma passagem pelos canais de Suez ou do Panamá, são arriscadas. Nos três primeiros meses do ano, 22 marinheiros foram mortos em atos de pirataria, que são relativamente comuns na costa da Indonésia e no Estreito de Malacca, por exemplo. Os terroristas também têm a marinha mercante como alvo, como mostrou o ataque da rede Al Qaeda em 2002 ao petroleiro francês Limburg na costa do Iêmen, em que um tripulante morreu e outros 12 ficaram feridos. Brigham disse que uma rota transártica poderia ser de particular interesse para o transporte de carga sensível, como o lixo nuclear japonês enviado à Europa para tratamento, para evitar que este material caia nas mãos de terroristas. Navios já podem navegar pelo Oceano Ártico de 20 a 30 dias ao ano, mas no futuro este período poderia ser estendido para até 150 dias para navios com cascos resistentes ao gelo por volta do ano de 2008, segundo um relatório de uma equipe de pesquisas climáticas no Ártico, discutido por pesquisadores durante conferência em Reykjavik. — A questão é se esta poderia ser uma rota usada durante todo o ano, afirmou Brigham, destacando que algumas pequenas companhias de navegação já estão fazendo planos. Quando o gelo do Ártico derreter, as atividades marítimas serão abundantes. Atualmente domínio dos navios quebra-gelo, o Oceano Ártico no futuro se abrirá de forma crescente a traineiras locais e cruzeiros para turistas aventureiros, enquanto as populações nativas aumentarão o uso de canoas e caiaques para o transporte e atividades tradicionais, tais como caça e pesca.

Dilemas
Mas antes que a navegação transártica seja uma realidade, questões científicas, econômicas e geopolíticas precisam ser resolvidas. Além das questões sobre como o Ártico será no futuro --o que determinará sua navegabilidade--, existem dúvidas sobre a lucratividade financeira de uma rota pelo norte. Enquanto as viagens poderão diminuir em duas semanas na rota Osaka-Roterdã, uma passagem pelo Oceano Ártico muito provavelmente só seria aprovada para navios com cascos resistentes ao gelo. Isto aumentaria os custos construtivos e operacionais, porque nos meses de inverno estes navios mais pesados e lentos ainda precisariam usar as rotas tradicionais. Além disso, questões espinhosas de soberania e fronteiras precisariam ser resolvidas em vista de que as águas internacionais compõem apenas uma porção pequena do vasto Oceano Ártico.

Ambientalistas
A oposição dos ambientalistas certamente também entraria em cena. — O ponto não é se um acidente acontecerá, mas quando e onde, alertou Samantha Smith, diretora do programa para o Ártico da organização WWF (Fundo Mundial para a Natureza, na sigla em inglês). — Tecnicamente, não sabemos como limpar um vazamento de óleo no gelo, disse ela, reforçando que os governos precisam estabelecer regras ambientais muito rígidas antes que a navegação possa se realizar no Ártico.(France Presse 11/11)

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