O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) divulgou os números da fiscalização ambiental no Pará no mês de julho. Segundo o instituto, foram aplicados R$ 4,3 milhões em multas no Estado e um total de 164 autos de infração expedidos. As apreensões de madeira e peixes foram as principais ocorrências no mês. Apenas neste ano, o Ibama expediu 762 autos de infração, aplicou multas que somam R$ 23,5 milhões e apreendeu 21,6 mil metros cúbicos de madeira, além de 3,4 mil metros cúbicos de carvão e 31 veículos. Em julho, foram apreendidos no Estado 5,7 mil metros cúbicos de madeira, além de 19 veículos. Foram doados ainda 938 quilos de peixe, provenientes de apreensões. Segundo o chefe da Divisão de Proteção Ambiental do Ibama no Pará, Ricardo Silva Fecury, os números são o resultado das mudanças feitas no sistema de fiscalização. Agora, o Ibama não mantém apenas uma base em Marabá, sudeste do Estado, mas criou centros de fiscalização na cidade e nos municípios de Paragominas, Soure, Breves, Altamira, Santarém, Itaituba e Conceição do Araguaia, cidades localizadas em diversas regiões do Pará. Dessa forma, afirmou Ricardo Fecury, o Ibama consegue cobrir uma área maior e por mais tempo no Pará, desestimulando o infrator. As equipes de fiscalização, trocadas a cada 30 dias, são formadas por integrantes do Ibama e da Polícia Ambiental. A cada três dias, os dados são enviados para Belém, onde são consolidados, fornecendo, assim, uma visão mais atualizada dos trabalhos feitos. Mesmo com a diminuição, segundo o Ibama, de queimadas e desmatamentos, o número de autos de infração emitidos aumentou. Na avaliação do chefe do Ibama, isso pode ser explicado - pela presença constante do instituto em áreas pouco fiscalizadas anteriormente.