Continuou ontem (11) o II Fórum Internacional das Águas. Na conferência Informação e educação para a participação na gestão das águas, Pierre Aplincourt, da Agence Rhône-Mediterranée, da França, disse que pesquisas de sociólogos relacionando comportamento humano à água apontam que, quando o rio não é tratado, é comum a população da cidade apresentar atitudes agressivas. A água, para Aplincourt, é um elemento integrador.

No painel Financiamento para a gestão dos recursos hídricos e saneamento, o consultor do Banco Mundial, Luiz Noronha, informou que há 237 projetos ativos para saneamento, 39 na América Latina. Dados do último censo do IBGE apontam que 77,8% dos lares brasileiros têm água potável, mas, considerando só a área rural, o índice cai para 18,8%. A Fundação Nacional de Saúde, destacou o médico Valdi Bezerra, financia abastecimento de água e melhorias sanitárias domiciliares, como a eliminação de casas de pau-a-pique, para prevenir o mal de Chagas. O coordenador da Câmara Técnica da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, Luiz Antonio Grassi, alertou que é preciso, depois do fórum, tentar concretizar as idéias. (CP, 6)