A água está relacionada ao direito à vida, ao bem comum e à democracia. A constatação é do economista italiano Riccardo Petrella, do Comitê Internacional para o Contrato Mundial da Água, que participou ontem do II Fórum Internacional das Águas - A vida em debate, no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael. – Mais de 1 bilhão de pessoas não têm acesso à água potável no mundo – citou, lamentando a tendência de privatização no Planeta. Defendeu uma política internacional para concretizar ações que garantam o direito, como a criação de uma agência mundial e a transformação de sistemas de produção para impedir perdas. Acredita que o presidente Lula deveria se preocupar com a questão e seria capaz de impulsionar um movimento para garantir água a todos na América do Sul até 2020. – Pode partir do Brasil a solução do problema mundial. A proposta será encaminhada a Lula no fim do fórum, que irá até sábado. Petrella afirmou que o preço obedece a leis do mercado e não à preocupação de assegurar o acesso. – As gestões de recursos hídricos e saneamento ambiental devem se integrar às demais políticas públicas. Disse que a água deve ser excluída das negociações da OMC e da Alca. (CP, 20)