Poluição por mercúrio: não são ordenados novos estudos
2004-11-10
A despeito de sua promessa anterior, o administrador da Agência de Proteção Ambiental (EPA), Michael Leavitt, não ordenou a realização de novos estudos para ajudar a dirimir controvérsias sobre o controle das emissões de mercúrio. A razão, segundo ele, é que não há dúvidas sobre as conclusões a que chegou a EPA quanto ao assunto. Leavitt disse que foi desafiado sobre a forma como a agência tão rapidamente determinou como rapidamente reduzir a poluição. A rapidez com que o governo pode cortar a poluição por mercúrio de suas plantas de energia sem causar prejuízo econômico é de grande interesse para a indústria energética e para ambientalistas e vem trazendo divisões entre oficiais de carreira da EPA e políticos. — Esta é uma grande decisão e a estamos adotando adequadamente, o processo é muito aberto, inclusivo e riogoroso, disse o administrador da agência. O mercúrio liberado das 1,1 mil plantas de carvão no país é a maior fonte de neurotoxinas dos Estados Unidos. O metal pesado é encontrado em rios e lagos, e as análises da EPA registraram cerca de 600 mil bebês nascidos anualmente nos Estados Unidos expostos a perigosos níveis de mercúrio, mesmo já antes do nascimento, ou seja, no útero materno, em conseqüência do consumo de peixe contendo o metal por suas mães. A EPA, inicialmente, informou que seu propósito era cortar o mercúrio das plantas energéticas em 70% em 15 anos. O problema é que existem coalizões de advogados da área pública argumentando que uma campanha expressiva de redução poderá prejudicar economicamente a indústria do carvão, que foi uma das grandes investidoras na campanha à reeleição do atual governo federal. (Los Angeles Times 09/11)