Idec quer proibir uso do pó da China no Brasil
2004-11-09
O Idec quer a proibição total do uso do agrotóxico Pentaclorofenol, também conhecido como pó da China, no Brasil. O produto é usado para conservação da madeira, desde que esta não entre em contato com nenhum tipo de alimento. De acordo com o Idec, a maravalha (espécie de serragem) da madeira tratada – usada na cama de frangos em alguns estados – pode contaminar adubos à base de esterco de aves, vendidos para uso na agricultura e jardinagem, com resíduos de Pentaclorofenol.
O coordenador executivo do Idec, Sezifredo Paz, explicou que a madeira tratada com o produto deveria ser utilizada apenas em construções, e jamais entrar em contato com alimentos.
O Idec encaminhou, em agosto de 2003, aos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente e à (Anvisa) resultados de análises que a entidade realizou em carne de frango e em adubos à base de esterco de frango. O teste foi feito para esclarecer uma denúncia de que a maravalha contaminada era usada como cama de aviário. De acordo com o Idec, as análises feitas no Instituto Adolfo Lutz confirmaram a presença do Pentaclorofenol em amostras de adubos do Paraná e de Santa Catarina. O instituto notificou os órgãos para que avaliem a possibilidade de proibição total do produto no Brasil. — Este agrotóxico é considerado cancerígeno e é proibido em diversos países do mundo, declarou o coordenador. (Agência Brasil, 07/11)