O Plano Diretor de Arborização Urbana de Porto Alegre registra o plantio de árvores a partir da década de 30. As palmeiras - nos canteiros centrais das avenidas João Pessoa, Osvaldo Aranha e Getúlio Vargas - são tidas como as mais antigas da cidade. Levantamentos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) indicam que, em 1937, havia 204 dessa espécie na Osvaldo Aranha. Hoje, restam cem dividindo espaço com jacarandás. — Temos informações de que, entre 1905 e 1911, houve o plantio de plátanos na avenida Teresópolis, mas as árvores nem existem mais, comentou a engenheira florestal da Smam Margarete Chemin.

Os bairros mais antigos da Capital - Centro e Cidade Baixa - são identificados pelo predomínio de ligustros. No Bom Fim, Floresta e Rio Branco, os jacarandás são numerosos. No Petrópolis, o destaque fica por conta dos cinamomos. No Mont Serrat e em Higienópolis, as pernas-de-moça, ou branquiquitos, existem em grande escala. Os plátanos são encontrados no Moinhos de Vento e as tipuanas no IAPI, com cinamomos e jacarandás. — Temos árvores antigas, mas não centenárias, disse o assessor técnico da Supervisão de Parques, Praças e Jardins, Clândio Vargas. — Nos últimos anos, é visível a presença da extremosa em quase todos os bairros, comentou o diretor da Divisão de Arborização, Praças e Jardins da Smam, Adinaldo Fraga. Essa espécie, originária da Índia, produz entre fevereiro e abril vistosas flores cor-de-rosa, lilases e brancas. (CP, 07/11)