Embora não tenha participado das negociações, o ministro Celso Lafer esclareceu não se tratar um acordo de cooperação bilateral, mas de um contrato comercial ao qual qualquer país interessado poderá aderir. - Os Estados Unidos são apenas os primeiros a fazerem uso do Centro de Lançamentos de Alcântara, mas já há interesse da China, da Ucrânia, da Rússia e da Itália em se tornarem nossos parceiros, observou. - Claro que, por serem donos da tecnologia, os americanos estabeleceram certas exigências que lhes são de direito, porém, é importante salientar que as cláusulas impostas ao Brasil se impõem aos dois países. Lafer afirma que o acordo não veda, em momento algum, a entrada de técnicos brasileiros que sejam licenciados pelos norte-americanos. Para ele, o ineditismo das negociações é o que assusta o Congresso e a sociedade brasileira. Sardemberg, porém, admitiu que o acordo prevê que as tecnologias a serem protegidas pertençam aos Estados Unidos, e não ao Brasil, e que em função disso as cláusulas contratuais são mais exigentes para o lado brasileiro.