O acordo firmado entre o Brasil e os Estados Unidos em relação ao uso da base de Alcântara foi alvo de inúmeras críticas dos integrantes da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional em audiência realizada ontem (23/08) com os ministros da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardemberg, e das Relações Exteriores, Celso Lafer. O brigadeiro Reginaldo Santos, responsável pelo Departamento de Ensino e Pesquisa da Aeronáutica, também veio esclarecer os motivos que levaram o Governo a assinar o acordo, em abril de 2000, sem submetê-lo ao crivo do Congresso. Os representantes do Executivo tentaram convencer os parlamentares de que o contrato não fere a soberania brasileira, e alertaram que sua rejeição significaria uma perda da ordem de US$ 40 milhões em possíveis contratos. - A tecnologia brasileira das próximas cinco décadas está ancoradas nesse acordo, já que os lançamentos da base serão a sustentação do programa espacial brasileiro. É importante lembrar que estamos sendo os últimos a entrar no mercado de lançamento de foguetes, e também já estamos cansados de ser apenas compradores de imagens de satélites estrangeiros. Queremos ser os fornecedores dessa tecnologia, salientou Sardemberg. O ministro lembra ainda dos benefícios sociais do acordo, como a geração de emprego e o incremento dos transportes, comunicação, energia, turismo e comércio. (Agência Câmrara)