O professor Jan-Olof Drangert, da Universidade de Linkoping, na Suécia, fez palestra na Companhia Tecnológica de Saneamento Ambiental de São Paulo (Cetesb), na última quinta-feira (28/10), para falar sobre economia de água. Ele questionou as possibilidades de chegar-se ao ano 2050, quando as estimativas indicam uma população mundial em torno de 9 bilhões de pessoas, contando com as mesmas fontes de água, à medida que este recurso já é escasso com o atual contingente populacional, de 6 bilhões de pessoas. Em sua exposição sobre Tecnologias Ecológicas em Saneamento, Drangert falou de algumas experiências bem sucedidas, que já estão sendo utilizadas em alguns países europeus, na América do Norte e na África, que reduzem drasticamente o uso água, além de minimizar o volume dos esgotos sanitários. Um dos sistemas mostrados por ele e apontado como uma solução bastante viável, substitui o vaso sanitário atualmente utilizado por outro que faz a separação da urina e das fezes, transformando-os em adubo orgânico que pode ser aplicado nos jardins das próprias residências. Experiências desse tipo representam formas eficientes de economia de água, preservando-a para usos mais nobres, ao mesmo tempo em que contribuem para reduzir a carga de esgotos lançada nos rios.