A realização do V Fórum Social Mundial já passa pela primeira provação em Porto Alegre. E é na questão ambiental o problema. Como instalar toda estrutura necessária à beira do Lago Guaíba e aliar isso tudo à tão propagada sustentabildade sócio-ambiental? No último dia 21, Jéferson Miola, secretário executivo do 5º Fórum Social Mundial (FSM), compareceu à reunião do Conselho do Orçamento Participativo (COP) de Porto Alegre para explicar a nova roupagem do FSM e sua nova localização na cidade. Esta nova localização exigiu que fosse assinado um decreto criando, dentro de Porto Alegre, o Território Social Mundial. Disse Miola na ocasião: — Depois desse Fórum teremos de começar a debater a nova relação da cidade com a orla do Guaíba, porque o Fórum deverá criar um momento diferenciado, estabelecendo uma nova relação do povo de Porto Alegre com a orla do Guaíba, e vamos ter de repensar como convivemos com esse maravilhoso estuário. Segundo o Comitê, será necessário construir em mais áreas para viabilizar as instalações das 1.200 a 1.500 oficinas, seminários, painéis, conferências. Estamos observando rigorosamente todos os licenciamentos ambientais, e até os critérios de integração com a paisagem natural, disse. Segundo ele, estarão sendo realizadas um conjunto de intervenções em obras de infra-estrutura básica, obras diversas em termos de energia elétrica, na região do Marinha e do Harmonia, em termos de cabeamento lógico, em termos de abastecimento de água, de recursos hidro-sanitários, afirma.

Greenpeace
O Comitê organizador criou um Grupo de Trabalho para pensar nas diretrizes sócio-ambientais. Dele, faz parte, entre outras ongs, o Greenpeace, que atesta a segurança de realizar o evento no local. — Está tudo pensado de uma forma a garantir a integração do meio ambiente com o social, filosofa Marcelo Furtado. As diretrizes pensadas pelo GT estão sendo executadas por outro grupo contratado pelo Comitê Organizador, formado por biólogos, engenheiros e especialistas na área.