Órgãos ambientais preparam adequações à mudança na Resolução
2004-11-03
As alterações que deverão ser formalizadas pelo novo texto da Resolução Conama 020 estão causando reações em órgãos ambientais de vários Estados. A Companhia Tecnológica de Saneamento Ambiental de São Paulo (Cetesb), por exemplo, prepara seu laboratório de Ribeirão Preto para realizar ensaios de toxicidade aguda com bactérias luminescentes. Estas bactérias serão utilizadas como indicadores de qualidade da água. Atualmente, testes desta natureza são realizados somente na sede da Cetesb, em São Paulo. A preparação para o credenciamento desta atividade será realizada em novembro. O teste de toxicidade aguda com bactérias luminescentes, ou Microtox, como é conhecido, fornece resultados em apenas 15 minutos e pode ser utilizado na avaliação de efluentes industriais brutos ou tratados, em casos de mortandade de peixes, acidentes ambientais e outras ocorrências que exijam a intervenção de órgãos ambientais. A capacidade analítica do laboratório de Ribeirão Preto, utilizando essa tecnologia, será de mais de 50 amostras por semana. No Centro de Recursos Ambientais (CRA) da Bahia, um parecer técnico-jurídico recentemente emitido critica partes da Resolução Conama 020, sugerindo que a revisão da mesma leve em conta as diferentes situações dos mananciais de água em cada Estado, o que tornaria inviável um critério único para estabelecerem-se padrões de qualidade da água em todos os mananciais do país.