Água para a lavoura depende de licença em Santa Maria
2004-11-01
Depois de uma longa história de desavenças, ambientalistas e pequenos e médios produtores de arroz de Santa Maria tentam chegar a um consenso sobre o uso da água na irrigação das lavouras. Eles participarão de uma reunião nesta sexta-feira (29/10), no Sindicato dos Trabalhadores Rurais, para definir regras mais brandas para permitir o uso da água, o que é fundamental para possibilitar o cultivo da próxima safra. Desatar esse nó não é uma tarefa fácil. Há uma tradição antiga de cultivar arroz em áreas de banhados e às margens de rios, o que é ilegal, se a lei ambiental for aplicada na ponta do lápis. Como a Secretaria Municipal de Gestão Ambiental sabe que essa é uma questão cultural difícil de ser mudada de uma hora para outra, com multas, surgiu a idéia de propor um acordo. —Podemos fazer um cronograma para colocar as leis em prática lentamente, em cinco ou 10 anos. Se hoje a lei obriga o produtor a deixar 20% da propriedade intocada, poderíamos começar com um percentual de 2% no primeiro ano e ir aumentando - sugere o secretário municipal de Gestão Ambiental, Heitor de Souza Peretti. (Diário de Santa Maria, 28/10)