ANÁLISE DO CICLO DE VIDA RESULTA EM LEGISLAÇÃO DISCRIMINATÓRIA AO SETOR DE EMBALAGENS
2001-08-24
A legislação, em países europeus, destinada a cortar o hábito de apenas um uso para as embalagens de bebidas não tem base científica e limita as oportunidades de mercado para materiais como aço, alumínio e vidros, afirma a associação das indústrias de embalagens local. A legislação está sendo detalhada pela Associação Européia de Produtores de Aço para Embalagens (APEAL) em pelo menos dois países. Os dinamarqueses baniram a isenção de taxas para a reciclagem de embalagens de certos materiais contendo aço, enquanto os alemães propuseram o fim de pagamentos por depósitos em contêineres para embalagens de bebidas. Para os fabricantes de embalagens de aço, essa situação não faz sentido. Eles questionam o fato de se o vidro é ambientalmente amigável, por que não é o aço também? De acordo com o porta voz da APEAL, Philippe Wolper, a situação chegou a um ponto de discórdia porque não é provável que uma embalagem reaproveitável possa ser vista como aceitável para ser utilizada em alimentos, deixando se embalagens de bebidas contendo aço em tampas, por exemplo, como alvos diretos de análises de ciclo de vida, ou seja, alvos, segundo eles, de uma legislação discriminatória. Para ele, colocar as embalagens de bebidas na mesma categoria de outras, perigosas, é algo altamente discriminatório. De acordo com a APEAL, o aço, por exemplo, é 50% reciclável na Europa, e, na Alemanha, a taxa de reciclabilidade desse material chega a 81%. Isto significa que esse material tem vantagem sobre outros que certamente estarão sujeitos à análise de ciclo de vida. A entidade teme que mesmo diferentes tipos de embalagens estejam sujeitas a mesma rigorosa legislação em termos de analise de ciclo de vida.