Projeto do Parque Nacional em Brasília pode ficar no papel
2004-10-28
Era para ser uma solução de problemas ambientais e um impulso ao desenvolvimento econômico do Distrito Federal. Mas o projeto de ampliação do Parque Nacional de Brasília (Projeto de Lei 4.186/04), que tramita na Câmara dos Deputados desde o início do mês, corre o risco de não ser aprovado. Parlamentares petistas e de partidos de oposição ao governo federal querem saber por que parte do Núcleo Rural Lago Oeste ficou dentro da área a ser anexada, enquanto setores como a Vila Weslian Roriz e a Fazenda Chapadinha foram excluídos da nova poligonal da unidade de conservação. — Há muita gente descontente, inclusive nós. Preferiria que se criasse uma comissão especial para discutir melhor e, quem sabe, sensibilizar o Executivo a retirar o projeto e elaborar outro’’, afirma a deputada federal Maninha (PT-DF). Ela e os deputados petistas Wasny de Roure, Sigmaringa Seixas e José Eduardo Cardozo pediram uma audiência pública para discutir o problema. O projeto de lei está na Comissão de Meio Ambiente e tramita em regime de urgência. Proposto pelo Ministério do Meio Ambiente, tem 45 dias para ser aprovado. Relator na comissão, o deputado Jorge Pinheiro (PL-DF) aponta falhas na forma como foi elaborado. Nenhum mapa foi anexado à proposta. Segundo Pinheiro, ao invés disso foram colocadas 1.080 coordenadas geográficas, em 11 folhas. ‘‘Do jeito que veio, só vai tornar inviável a aprovação’’, afirma. ‘‘Além disso, como é que vamos tirar essas pessoas da área?’’, questiona o deputado. (Correio Web, 27/10)