Uma ofensiva encabeçada pelo grupo financeiro catalão La Caixa e por seu diretor-general, Antoní Brufau, forçou, ontem (27/10), a demissão do presidente da empresa hispano-argentina Repsol-YPF, Alfonso Cortina, depois de oito anos à frente da sétima companhia de petróleo do mundo. Brufau representava, no Conselho de Administração da Repsol, o grupo financeiro catalão La Caixa. Ele agora substituirá Cortina na presidência. Um comunicado da empresa indicou que Brufau reiterou seu firme compromisso empresarial e plena confiança da Repsol-YPF com a Argentina. Destacou também a vontade de entendimento da empresa com o governo argentino. A demissão de Alfonso Cortina foi apresentada durante a reunião do Conselho de Administração da Repsol-YPF, organismo máximo executivo da empresa, onde os principais acionistas são La Caixa, o grupo BBVA (na Argentina, Banco Francês) e a petroleira mexicana Pemex. La Caixa, representada por Brufau, uniu-se à Pemex para forçar a saída de Cortina, enquanto o BBVA se absteve. Uma das razões que levou Cortina a sair estaria ligada à política. Ele chegou a esse posto através do governo conservador de José María Aznar, que se opõe ao atual governo socialista de José Luis Rodríguez Zapatero. (Clarín 28/10)