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2004-10-28
A organização ecologista WWF/Adena constatou a presença de substâncias químicas tóxicas na população espanhola após a realização de análises de sangue em cinco pessoas integrantes de altos cargos do Ministério do Meio Ambiente espanhol. A ministra da pasta, Cristina Narbona, assinalou que este resultado é um problema que concerne a todos os cidadãos, já que estas substâncias tóxicas, segundo ela, são a cara oculta do progresso. O secretário geral da WWF/Adena, Juan Carlos del Olmo, explicou que tais substâncias estão presentes na vida cotidiana de todos, sendo algumas delas proibidas há muito tempo, mas com efeito persistente no organismo e sobre as quais se conhece muito pouco a respeito dos efeitos que causam. A ministra propôs que se realizem análises em empresários de indústrias químicas e reclamou deles informações sobre seus produtos para que os cidadãos possam decidir pela compra de objetos sem substâncias tóxicas. — É necessário dar um salto na indústria pelo uso de tecnologias limpas, prudentes e mais eficientes, indicou Narbona. As substâncias químicas tóxicas são, conforme Narbona, habituais em todos os espanhóis, mas os níveis que vêm sendo encontrados não são normais. Das 103 substâncias de sete famílias químicas analisadas, 52 estavam presentes no sangue de altos cargos do Ministério do Meio Ambiente. Entre os compostos presentes destacam-se 17 PCBs, um retardante de chama (PBDE), três organoclorados (OCPs) e um ftalato DEHP. Estas sustâncias químicas tóxicas estão presentes em alimentos, pesticidas, água de má qualidade, produtos de limpeza ou plásticos. A campanha Detox da WWF/Adena compreende a análise de sangue de 14 ministros europeus, com o objetivo de reclamar uma legislação européia mais estrita na produção e comercialização de produtos químicos que habitualmente utilizam os consumidores. (El Mundo 27/10)

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