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2004-10-28
Um terço das espécies de anfíbios - como sapos, pererecas e salamandras - corre perigo de extinção. A conclusão é de um estudo publicado este mês pela revista Science. As espécies mais ameaçadas estão na América Latina. No total, 1.856 espécies de anfíbios pelo globo correm risco de sumir. São 110 só no Brasil. No Haiti, o país mais pobre das Américas, 92% das espécies correm perigo. Os anfíbios são tidos como os primeiros organismos biológicos avançados a sofrer os problemas das alterações climáticas, principalmente as que afetam a água e o ar. - Os anfíbios são o melhor indicador da natureza sobre a saúde ambiental. O seu catastrófico declínio constitui uma mensagem de advertência no sentido de que estamos num sério período de degradação - diz Russel Mittermeier, presidente da organização ambiental Conservation International.

Participaram da avaliação mais de 500 cientistas de 60 países. Eles estudaram 5.743 espécies nos últimos três anos e chegaram à conclusão que 32% delas corre risco. O estudo constata que pelo menos nove espécies de anfíbios desapareceram desde 1980, quando se começou a medir as alterações climáticas mais significativas. Além dessas, há outras 113 espécies que não são vistas nos últimos anos e que possivelmente também podem estar extintas. Nos EUA, no Caribe e na Austrália, os anfíbios são afetados por uma doença infecciosa chamada quitridiomicosis, que pode estar ligada à seca. Na maior parte dos casos, a maior ameaça é a destruição de seu hábitat, a contaminação da água e do ar. (ZH/Caderno Ambiente/5)

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