Lajeado aguarda autorização da Fepam para limpeza em arroio
2004-10-28
Para dar continuidade à limpeza do curso dágua Arroio Saraquá, no começo do Bairro Conservas, o município depende de autorização da Fepam. A secretária do Meio Ambiente Kellen Batisti Giongo diz que o pedido foi protocolado no dia 1º de setembro. —Estamos aguardando autorização da Fepam para dar continuidade às ações de limpeza no Saraquá, adianta. Ela explica que em março deste ano a prefeitura firmou acordo junto à Promotoria Pública, que concedeu aval em caráter excepcional para a limpeza dos pontos mais críticos - com focos de larvas de mosquito em grande volume - tendo em vista melhorar a situação de calamidade pública em que se encontrava o município naquele período devido à falta de chuvas. A limpeza possibilitou a aplicação de produto nos focos de larvas de mosquitos mais preocupantes. A ação deve envolver a retirada manual de galhos secos, troncos e árvores caídas que obstruem a vazão do curso dágua no local, com a utilização de motosserra, machado e serrotes. A secretária explica que a totalização da limpeza passa por cinco trechos - demarcados na extensão do arroio - iniciando na área sob a ponte localizada no Bairro Moinhos dÁgua. —A utilização de máquinas vai se restringir às margens do local, afirma a secretária.
O sargento do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) Anestor de Moura, diz que no período da piracema - de 1º de novembro a 31 de janeiro, os peixes sobem o Arroio para desovar e buscar alimento. Ele comenta que no caso da retirada de resíduos seria necessária a utilização de máquinas, o que prejudicaria a piracema, que deve se estender além do período predeterminado. No período de verão, quando diminui o volume de chuvas, o Arroio Saraquá se transforma numa área com deposição de material orgânico importante. O reflexo disso se apresenta no aumento da proliferação de mosquitos, principalmente da espécie culex, o pernilongo, que busca locais com água rica em matéria orgânica para se reproduzir. O sargento acredita que a pouca vazão do Saraquá também se deve ao represamento das águas na Barragem de Bom Retiro do Sul, o que impede o escoamento das águas do Saraquá no Rio Taquari. —Na época em que a barragem foi projetada, nos anos 70, não era previsto licenciamento ambiental, o que pode ter contribuído com parte no problema identificado hoje no Saraquá. (O Informativo, 27/10)