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2004-10-26
Um presente de grego. É assim que o professor João Abner Guimarães Filho, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), avalia o projeto de transposição das águas do Rio São Francisco. Representante de um estado que seria teoricamente beneficiado pelo projeto, já que receberia um grande volume de água, o professor potiguar comenta, no entanto, que o projeto é um mau negócio também para os estados receptores. Isto porque, para pagar os custos da transposição, a água tirada dos rios beneficiados para projetos de irrigação ficará cerca de cinco vezes mais cara para os agricultores.

O professor João Abner participou, ontem, de um encontro do Fórum Permanente de Defesa do São Francisco, realizado no Hotel Belmar. O Fórum, que já entrou na Justiça contra o projeto de transposição, vai participar, a partir de amanhã, de uma nova rodada de discussões com o Comitê de Gestão da Bacia do São Francisco. O projeto de transposição, aventado pela primeira vez ainda no tempo de D. Pedro II, continua provocando polêmica entre os especialistas. — É chover no molhado. Esse projeto está querendo levar água para as regiões que já têm água, critica o professor da UFRN. Ele observa que o Ceará, por exemplo, já conseguiu, com açudes e adutoras, armazenar uma quantidade de água mais do que suficiente para seus usos atuais. Hoje, o estado usa apenas 25% da sua disponibilidade hídrica potencial. Se a água do São Francisco for canalizada para o norte, segundo o professor, irá apenas sobrecarregar as grandes barragens da região, como o Castanhão, no Ceará, e o Armando Ribeiro Gonçalves, no Rio Grande do Norte, sem chegar às localidades que realmente precisam de água.

— Nenhuma das cidades que sofriam com a seca no Rio Grande do Norte no ano passado teria seu problema resolvido com a transposição, declara o professor. Ele observa que o problema da seca no Nordeste não é de quantidade de água, mas de democratização do acesso ao produto. João Abner destaca, ainda, que o líquido advindo da transposição vai ficar mais caro para os pequenos produtores, com um custo de cerca de R$0,11 por metro cúbico de água tirada do rio. - Não existe nenhuma atividade hidro-agrícola que possa pagar esse valor pela água, avalia. Para custear a transposição, então, explica João Abner, o governo vem propondo um subsídio cruzado. Neste caso, os moradores das grandes cidades nordestinas pagariam para custear água mais barata no campo. — Resta saber se as pessoas vão querer pagar essa conta, conclui. (Diário de Cuiabá, 25/10)

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