Greenpeace comemora aprovação de Kyoto pelo parlamento russo
2004-10-25
O Greenpeace comemorou a inadiável entrada em vigor do Protocolo de Kyoto. Porém, é preciso alertar que, depois de mais de um século descarregando na atmosfera os poluentes gases de efeito estufa, a redução das emissões é apenas o começo. — Agora que o protocolo entrará em vigência legal no mundo, o Brasil tem a obrigação junto à população brasileira de desenvolver uma política para mudanças climáticas que vise efetivamente coibir o desmatamento e eliminar as emissões de gases de efeito estufa, disse o diretor de campanhas do Greenpeace, Marcelo Furtado. — É fundamental que o País, que é membro do tratado, promova um aumento da participação das energias renováveis na sua matriz energética.
Para o Greenpeace, é necessário que as reduções sejam, no mínimo, de até 30% dos níveis de 1990 (que é o ano base do Protocolo de Kyoto) até 2020 pelos países industrializados, com a meta mínima de 75% de reduções até a metade do século. A próxima grande batalha é trazer os EUA de volta ao esforço de proteger o planeta contra as mudanças climáticas. Essa é uma derrota para o presidente George W. Bush e seus financiadores da indústria dos combustíveis fósseis. Seu governo e outros criminosos do clima como a Exxon-Mobil (proprietária da Esso) falharam na tentativa de derrubar o Protocolo de Kyoto, chegando ao ponto de ignorar o trabalho de seus próprios cientistas.