Bactérias luminescentes serão usadas como bioindicadores
2004-10-25
Para realizar testes de toxicidade aguda em cursos dágua, o Laboratório de Ribeirão Preto da Companhia Tecnológica de Saneamento Básico de São Paulo (Cetesb) vai utilizar bactérias luminescentes. Atualmente, este tipo de teste é realizado somente na sede da Cetesb em São Paulo. No último dia 05 de outubro, a chefe da Divisão de Toxicologia da companhia, Gisela de Aragão Umbuzeiro, e o químico do Setor de Mutagênese e Citotoxidade, Walace Soares, foram recebidos pelo engenheiro Carlos Roberto dos Santos, coordenador do Laboratório de Ribeirão Preto, para orientar sobre o funcionamento desta técnica. O equipamento já se encontra instalado no laboratório, e as atividades de treinamento e preparação para o credenciamento serão realizadas em novembro pelo biólogo Paulo Fernando Rodrigues, gerente do Setor de Mutagênese, da agência ambiental. O teste de toxicidade aguda com bactérias luminescentes, ou Microtox, como é conhecido, fornece resultados em apenas 15 minutos e pode ser utilizado para avaliação de efluentes industriais brutos ou tratados, em casos de mortandade de peixes, acidentes ambientais e outras ocorrências emergenciais. A capacidade analítica do laboratório de Ribeirão Preto, utilizando esta tecnologia, será de mais de 50 amostras por semana. Esta ferramenta, em conjunto com outros testes de toxicidade aguda e crônica com microcrustáceos, cuja implantação também está em andamento, tornará o laboratório apto para atender aos requisitos da nova Resolução Conama número 20 e em condições para tomada de ações imediatas para a melhoria contínua da qualidade das águas da região.