População vai para acampamentos após terremotos no Japão
2004-10-25
Enfrentando baixíssimas temperaturas, a população japonesa rumou no sábado (23/10) à noite para acampamentos localizados a norte da cidade de Tóquio. Foi o mais violento terremoto ocorrido desde a última década na cidade e em suas vizinhanças, com 6.8 graus na escala Richter. Deixou mais de 2,1 mil pessoas feridas e pelo menos 21 mortas. Durante o dia, helicópteros militares voaram sobre um cenário de rodovias destruídas e casas em ruínas, em busca de possíveis sobreviventes nas cidades montanhosas. Na área de Ojiya, onde ocorreu o epicentro do sismo, pilotos de helicóptero deixaram a mensagem SOS escrita no solo, a fim de que as pessoas sobreviventes para lá pudessem correr e ser mais facilmente localizadas. A maioria das pessoas estava apavorada diante da falta de luz, aquecimento, condições de saneamento e da possibilidade de um novo choque sísmico. O ministro de Gerenciamento de Desastres do Japão, Yoshitaka Murata, sobrevoou as montanhas da cidade de Niigata, a aproximadamente 125 milhas ao norte de Tóquio, e disse aos repórteres nunca ter visto tamanho deslizamento de terras montanhosas. Foram, ao todo, 37 deslizamentos que fizeram desaparecer 76 casas, danificando ou cortando totalmente o tráfego em 211 locais, segundo a Agência Nacional de Polícia Japonesa. Cerca de 80 torres de telefonia celular foram destruídas. O Japão é uma das áreas mais propensas a terremotos em todo o mundo. Nesse país de intensa atividade sísmica já ocorreram 20% dos terremotos do mundo, com magnitude seis ou maior. Em janeiro de 1995, na cidade de Kobe, um terremoto provocou a morte de 6.433 pessoas e feriu 43,7 mil. (NY Times, CNN 24/10)