Em SC, cooperativas não tem estrutura para armazenar transgênico
2004-10-22
O presidente da Cooperalfa - a maior cooperativa agropecuária de Santa Catarina - Mário Lanznaster, anunciou ontem que a unidade fabril de Chapecó vai receber e industrializar pelo segundo ano consecutivo a soja transgênica que está sendo plantada no Oeste. O problema, segundo Lanznaster, será a separação do produto convencional do modificado geneticamente em razão dos custos e da falta de estrutura física nos silos. —Não há lugar para a separação segura. Já temos até dificuldades para estocar a produção. E a situação de transporte também dificulta a separação. Um problema logístico será criado—, antevê o dirigente cooperativo.
O presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Neivor Canton, diz que em razão das despesas elevadas com estruturação física das unidades industriais e com a realização de testes laboratoriais obrigatórios, uma parte das 43 cooperativas agropecuárias do Estado deverá recusar o processamento de transgênicos em 2005. —A opção é de cada cooperativa. Mas se a lei não tolerar a mistura das duas variedades de soja, muitas cooperativas terão dificuldades que poderão até inviabilizar a industrialização do produto transgênico—, avalia Canton. (Pagina Rural, 21/10)