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2004-10-20
Uma expedição científica percorrerá durante quatro meses e meio o rio Amazonas, da nascente, nos Andes, à foz, no oceano Atlântico, com o objetivo de comprovar o qua as imagens de satélite, analisadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe): que o rio Amazonas é provavelmente mais extenso, o que pode colocá-lo como o maior rio do mundo, tanto em volume de água quanto, como à frente do Nilo, também em extensão. A expedição vai traçar, ainda, o perfil sedimentológico do rio, observando a quantidade de matéria sólida que é transportada pelo Amazonas até o oceano Atlântico.

A Expedição Científica Andes-Amazonas está sendo preparada pela Organização Sócio-Ambiental e Expedições Científicas (Ambi), com o apoio da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), dos Ministérios do Meio Ambiente, dos Transportes, e dos Institutos Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), universidades federais do Amazonas e do Acre, além da Agência Nacional de Águas e do Ibama. A previsão é que a equipe multidisciplinar de 52 pesquisadores do Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Suriname, Bolívia, Guiana e Guiana Francesa parta em julho de 2005.

De acordo com o geólogo Paulo Roberto Martini, do Inpe, a utilização dos sistemas de Informação geográficas (SIG) e de georreferenciamento por satélite apontam uma nova medida para o Amazonas. Segundo ele, foi possível montar um mosaico de imagens sobre o rio, transformando-as em imagens cartográficas. O trabalho agora é classificar a água do rio, reconhecendo os canais principais, já que o Amazonas é cheio de meandros e ilhas, disse Martini. O geólogo explicou, ainda, que os estudos estão acompanhando o Amazonas, considerando seu principal formador o rio Ucaiali, mais extenso que o rio Maranhão, usado na medição tradicional por ter maior volume de água. (MMA, 19/10)

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