Estima-se que para cada 100 quilos de vidros utilizados no Brasil, cerca de 45 quilos retornem às indústrias de reciclagem. Há 15 anos, esse índice não passava de 15%, mesmo diante dos insistentes apelos dos carrinheiros, que naquela época, aliás, chamavam-se garrafeiros. Apesar disso, esse atual volume de reciclagem só pode ser considerado bom para um País, como o Brasil, que não tem um programa especialmente desenvolvido para esse segmento. Mas as coisas estão mudando. No ano passado, por exemplo, entraram em circulação mais de 60 milhões de automóveis no mundo. No Brasil, mais de 1 milhão pára-brisas foram trocados. De olho nesse mercado, a Abravauto (Associação Brasileira de Vidros Automotivos), está desenvolvendo um projeto para reciclar o vidro e o plástico dos pára-brisas. O vidro moído será enviado às indústrias de reciclagem que fabricam copos, pratos e garrafas. Já o plástico será enviado aos fabricantes de capas de fio elétrico, mangueiras e tapetes. (Tribuna Digital, 19/10)