Uma ativista no melhor sentido que essa palavra possa ter. Assim é Káthia Vasconcellos Monteiro, 2 anos, nas 24 horas do dia, e isso já faz nada menos do que 15 anos. Mesmo quando não está em atividade na Ong Núcleo Amigos da Terra Brasil. No feriado de 7 de setembro deste ano, ela e o marido, o engenheiro floresal Sergio Arraes Monteiro, avistaram na praia de Cidreira, animais marinhos encalhados na beira do mar. Os dois não tiveram dúvidas: acionaram a Brigada Militar para que ajudasse na ação ambientalista. O casal, aliás, se conheceu na coleta de lixo no Parque Nacional de Aparados da Serra, há 13 anos. E João Henrique Vasconcellos MOnteiro, seu filho de 4 anos, aprende em casa que é preciso respeitar a natureza, as pessoas e os animais. Aprende também a dizer não à violência. — É um menino que nunca levou um tapa, diz ela, orgulhosa.

Prêmio

Káthia é uma das agraciadas do Prêmio Melhores MUlheres promovido pelo Jornal do Comércio, de Porto Alegre. Surpresa com a premiação, ela explica que é muito difícil quem só faz ativismo ganhar um prêmio. A ativista Magda Renner foi a primeira mulher a receber um prêmio no Estado, em 1974, mas era um outro contexto, diferente do seu. Ela e José Lutzenberger atuavam em uma época em que não se falava na questão ambiental. — Eles foram meus precursores, conta. (JC/10)