Programa do MME para fontes alternativas depende das distribuidoras
2004-10-18
As fontes alternativas de energia são uma ferramenta importante para o sucesso do Programa Luz para Todos, gerido pelo Ministério das Minas e Energia. Para o diretor do programa, João Ramis, usinas de energia solar, de biomassa e pequenas centrais hidrelétricas podem ajudar a levar luz elétrica para comunidades isoladas, que ainda vivem à base de improvisações. Ramis afirma que esse tipo de energia permite uma redução do impacto ambiental em regiões como a Amazônia Legal, sem que para isso haja necessidade de investimentos pesados em transmissão.
Desde junho, o Ministério de Minas e Energia assinou 44 contratos com as concessionárias de energia e liberou mais de R$ 200 milhões para implementar a segunda etapa do Programa Luz para Todos. Até o fim do ano, segundo Ramis, a expectativa é de que seja repassado um total de R$ 400 milhões para expansão do sistema de distribuição de eletricidade no País.
Entre 2006 e 2008, segundo João Ramis, a carência de energia elétrica no Brasil vai atingir apenas consumidores de regiões distantes, que terão de ser atendidos de forma descentralizada. Por isso, o diretor do Luz para Todos defende o treinamento das distribuidoras para utilização de fontes alternativas de energia. — No que tange ao aproveitamento dessas tecnologias, ainda há um desconhecimento por parte das concessionárias por falta de cultura do País e dos agentes, destaca o executivo. A energia renovável é contemplada na regulamentação do Luz para Todos, mas, segundo Ramis, o avanço da tecnologia depende basicamente da sua divulgação. — É preciso mostrar as vantagens desse sistema para as distribuidoras, de forma que o programa não sofra descontinuidade no futuro, alerta.