Palestrante incentiva a compostagem em Salvador
2004-10-14
Somente com a compostagem das podas de árvore e do lixo das feiras e mercados seria possível diminuir em 10% a porcentagem de material orgânico no lixo de Salvador, que chega a 54%. Na capital baiana, assim como na maior parte do Brasil, mais da metade do lixo produzido é formado de matéria orgânica - restos de alimentos, plantas, cascas, entre outros. É a parte malcheirosa do lixo. O problema é que essa grande quantidade de material orgânico pode contaminar o solo e os lençóis freáticos, causando danos ao meio ambiente. Com a compostagem, ao contrário, o lixo orgânico se transformaria em adubo limpo, que poderia ser utilizado para recompor os nutrientes da natureza.
O destino dos resíduos sólidos foi o tema da palestra que a professora Maria de Fátima Nunesmaia preferiu, terça-deira de manhã, no primeiro dia de conferências do III Congresso Nacional de Meio Ambiente, no Bahia Othon Palace. Professora da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Maria de Fátima Nunesmaia informou que, nos países mais desenvolvidos, a porcentagem de matéria orgânica no lixo é bem menor, geralmente inferior a 40%. Uma explicação seria o maior consumo de produtos industrializados, que aumentam a proporção de material inorgânico por causa das embalagens. Mas, a parte orgânica do lixo também pode diminuir quando há um aproveitamento melhor do que vem da natureza. (Correio da Bahia, 13/10)