Tecnologia ajuda a monitorar vulcões
2004-10-14
Quando o Monte Santa Helena entrou pela última vez em erupção, em 1980, o sismógrafo Elliot Endo, do Observatório de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos, localizado em Washington, lembra-se de ter usado aparelhos analógicos para medir a extensão do sismo. Agora, ele utiliza inclusive um aparelho de telefone celular para rastrear os movimentos do vulcão. É ali, de um aparelho Treo 600, que ele plota os movimentos. Endo assinala que a tecnologia desenvolvida nas últimas duas décadas vem ajudando os cientistas a monitorarem melhor e mais rapidamente os fenômenos geológicos. E mais: tornou o trabalho mais seguro. O que existe hoje em termos de rastreamento de comunicações poderia ter, por exemplo, evitado a morte do geólogo David A. Johnston, que moreu aos 30 anos enquanto trabalhava, em 18 de maio de 1980, na observação das atividades do Monte Santa Helena. Hoje em dia, os cientistas observam os vulcões de muito mais longe. Eles usam sistemas de posicionamento global por satélites com sensores triangulados. Também utilizam radares de satélites para obterem vistas tridimensionais de paisagens que precisam observar. A tecnologia para medição de gases vulcânicos também ficou melhor. Sabe-se hoje que a quantidade de vapor que sai da cratera não significa muito sobre o potencial explosivo do magma abaixo porque o vapor pode vir da água que percola de cima abaixo quando o magma se aquece. Mas outros gases preocupam quando saem dos vulcões: dióxido de carbono, sulfito de hidrogênio e dióxido de enxofre. (NY Times 12/10)