Mudanças simples poderiam viabilizar a pesca no Mediterrâneo
2004-10-07
Mudanças simples nos equipamentos e nas práticas de pesca poderiam ajudar populações que vivem desta prática, na região do Mediterrâneo, a recuperar o ecossistema da pesca intensiva. Equipamentos especiais para a pesca utilizados por adultos podem ter mais de quatro metros e pesar mais de meia tonelada. Mas, nas duas últimas décadas, a média de peso desses dispositivos caiu de 48 quilos para apenas 10 quilos. Mas elas não atingem, assim, a largura mínima requerida de 125 centímetros. Contudo, muito pescadores preferem peixes pequenos, pois são mais fáceis de preparar. Turistas preferem pratos preparados com tais peixes, que antes eram devolvidos ao mar, logo ao serem pescados, afirma o biólogo Ricardo Aguilar, da ONG Oceana, grupo de pressão ambientalista com sede em Madri. O resultado é que muitos peixes são capturados antes mesmo que tenham a chance de respirar. O problema é o risco de extinção de espécies, algo não controlado em países como Líbia, Israel e Egito. Na semana passada, a Oceana propôs medidas para reduzir a pesca de peixes menores e criaturas pequenas como filhotes de tartarugas. Ao invés de medidas como redução de quotas de pesca, zonas protegidas de pesca e outras, a Oceana sugere que as autoridades permitam o uso de equipamentos mais largos, que não possibilitem a captura de peixes pequenos. (Newscientist, 3/10)