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2004-10-07
Um claro exemplo de como é perigoso minimizar a preocupação ambiental é o que está ocorrendo na usina de Barra Grande, no rio Uruguai, divisa dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Segundo André Sartori, coordenador do Movimento dos Atingidos pelas Barragens na região de Barra Grande, há cinco anos a Baesa (Energética Barra Grande S.A), consórcio formado por Votorantin, Bradesco, Camargo Corrêa, Alcoa e CPFL, providenciou um estudo de impacto ambiental (EIA) para viabilizar o início das obras da hidrelétrica. O estudo, feito pela empresa Engevix, diz que a área a ser inundada (quase oito mil hectares), seria composta por vegetação de pequenas culturas, capoeiras ciliares baixas e campos com arvoredos esparsos. Com base nessa informação, foi concedida licença para a construção. Mas agora, às vésperas da inundação, o próprio IBAMA descobriu que o EIA estava errado: mais da metade da área é de mata nativa, incluindo alguns dos últimos remanescentes de matas de araucária e outras florestas em ótimo estado de conservação, com rica biodiversidade. — O Ibama emitiu a licença sem ao menos vistoriar a área. Agora o órgão e a construtora alegam que as obras devem continuar, já que estão quase concluídas, diz Sartori. — Não há seriedade, são as próprias empresas construtoras que fazem os estudos de impacto ambiental, completa.

Caos social
Segundo Sartori, o problema ambiental das barragens é pequeno se for comparado com o impacto social nas comunidades próximas às inundações. Milhares de famílias são desalojadas de suas terras de forma imperiosa e as negociações de indenização são normalmente demoradas e insatisfatórias. — A economia de comunidades inteiras desmorona. Algumas cidades chegam a perder suas linhas de ônibus e seus moradores ficam desamparados. Pequenos agricultores que plantam nas margens dos rios perdem seu sustento, revela. No caso de Barra Grande, as indenizações deixam a desejar. — Um total de 1.200 famílias terão de abandonar suas terras e boa parte dessas pessoas não recebeu nenhuma indenização. As que receberam não estão satisfeitas com os valores e muitas famílias rurais não conseguem plantar há duas safras. São pessoas pobres e passam até mesmo fome, completa. Ele diz ainda que a indignação entre a população é grande. — Muitas famílias dizem que não vão sair das suas casas, que vão ficar e resistir.

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