Líderes de assentamentos vão aprender a conservar sementes tradicionais
2004-10-07
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) vai capacitar técnicos e lideranças de assentamentos da reforma agrária para o resgate e conservação de sementes crioulas de milho, feijão e mandioca, uma reivindicação de comunidades de assentados. Para isso, serão criados centros irradiadores de Manejo da Agrobiodiversidade (Cima). Paralelamente ao projeto, o ministério traça metas para proteção conjunta das plantas medicinais brasileiras por meio da transmissão do conhecimento dos agricultores às novas gerações.
Ainda neste ano, estão sendo alocados R$ 2,5 milhões do Fundo Nacional do Meio Ambiente e mais R$ 400 mil da Secretaria de Biodiversidade e Floresta, por meio da Diretoria de Conservação da Biodiversidade. As discussões com o Ministério do Desenvolvimento Agrário estão avançadas. Deverá ser firmada parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Secretaria de Agricultura Familiar para que sejam disponibilizados cerca de R$ 2,5 milhões. Na primeira etapa, vão ser capacitados 350 técnicos e lideranças, beneficiando diretamente 5,5 mil famílias nos assentamentos. Outras 35 mil famílias de assentamentos vizinhos também serão atendidas. Os assentamentos escolhidos para sediar os Cima devem estar situados em área central de um conjunto de comunidades e terem algum tipo de experiência na área ambiental. (Agência Brasil, 06/10)