Coleta seletiva e atravessadores tiram renda de cooperativa do Vale do Taquari
2004-10-05
Desde que foi retomada a coleta seletiva do lixo no município, na segunda quinzena de junho, caiu a renda daqueles que trabalham na Cooperativa de Catadores do Vale do Taquari (Coocavat). A venda de papel, papelão, plástico e alumínio, que gerava R$ 25,6 mil por mês, caiu para R$ 18,3 mil, cerca de 30%. De acordo com o presidente, Celso Antônio Kappes, no início do ano os 61 cooperados chegavam a receber R$ 420. Mas nos últimos meses o ordenado não passa de R$ 300.
O fato se deve aos atravessadores que trabalham com carrinhos pelas ruas da cidade. Nos dias em que está prevista a coleta seletiva nos bairros, alguns deles passam antes do caminhão e recolhem o lixo reciclável que os moradores separam. Com isso, o presidente calcula que caiu em 30% o volume de resíduos melhores que chegam até a usina para separação. A qualidade do lixo diminuiu e o que está ficando misturado tem menor valor comercial. O presidente da cooperativa diz que a situação está ficando cada vez mais difícil. Se não houver melhoras, já pensam na necessidade de reduzir o quadro de associados da Coocavat. (Diário de Canoas, 04/10)