Ao decretar a extinção do Parque Estadual Delta do Jacuí, criado em 1976, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) cedeu a pressões de comunidades das ilhas e se tornou alvo de bombardeio por parte de ecologistas. A reação se deve à decisão do Estado de delimitar uma Área de Preservação Ambiental (APA), de 730 hectares, e deixar para o futuro a implantação da reserva biológica Banhados do Delta - uma região de 13,2 mil hectares prevista no projeto original para ser intocável.

A proposta de extinção do parque vinha sendo discutida desde 2002, superando barreiras partidárias - o projeto teve início na gestão de Olívio Dutra (PT). A idéia era ampliar os 17,2 mil hectares da reserva - distribuídos pelos municípios de Porto Alegre, Canoas, Nova Santa Rita, Eldorado do Sul e Triunfo -, criando a APA, com 26,1 mil hectares. Dentro dela, seria delimitada a reserva biológica Banhados do Delta, com 13,2 mil hectares, prevista para ser desabitada e protegida de exploração econômica. (ZH/36, CP/19)