Dezenas de pessoas fizeram uma caminhada pelo centro de Porto Alegre contra o sacrifício de animais. Desta vez, nada contra os cultos africanistas. A crítica dos grupos de proteção de animais foi para o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria Municipal da Saúde. Os manifestantes pedem menos sacrifícios e mais castrações e doações.

A concentração dos protetores começou pela manhã na Esquina Democrática e acabou em frente à prefeitura, onde velas fora acesas. Na mão, levavam documento assinado pela CCZ e pela Vigilância da Saúde Municipal. Os dados foram divulgados a partir de pedido das entidades por meio da Câmara Municipal. O número que revoltava era o de 2.096 sacrifícios neste ano.

O que diz Celso dos Anjos, coordenador da Vigilância da Saúde de Porto Alegre:
—Fazemos feiras de doação a cada 15 dias e castrações diárias. Mas os animais chegam todos os dias. E gatos, por exemplo, são de difícil adoção. Não temos como empilhá-los, e somos obrigado a sacrificar. É feito por veterinários, os animais são sedados, mas nem isso ameniza a dor de quem exerce Medicina Veterinária, como eu, para cuidar de animais em vez de matá-los. Todos os gestores públicos têm de se unir para resolver o problema, sem posições partidárias.— (ZH/43/ CP/19)