No entorno do parque, surge um bairro novo na Capital: o loteamento Germânia, desenvolvido pelas empresas Goldsztein e Condor Empreendimentos Imobiliários. Prevê 1,8 mil apartamentos, o que deve levar 8 mil novos moradores para aquela região da cidade. O titular da Smam, Dieter Wartchow, vê na área destinada à preservação da vegetação nativa o principal atrativo do local:
— Serão ilhas naturais em meio à paisagem urbana de Porto Alegre.
Ele também considera que o espaço fará com que os moradores das zonas Norte e Leste não precisem se deslocar para a outros parques da cidade, mais distantes. No local, o Plano Diretor da cidade já previa uma área de lazer com oito hectares, mas o acordo com as empresas possibilitou a ampliação do espaço para 15 hectares. A construção foi uma das contrapartidas exigidas pela prefeitura para conceder a licença prévia para obras do loteamento. O acordo também prevê que as empresas assumam a manutenção por 10 anos, por meio de adoção da área.

O assessor do gabinete do prefeito Sérgio Gonzalez explica que as medidas compensatórias requisitadas pela prefeitura visam a reparar os impactos que serão gerados pelo empreendimento, como a diminuição da cobertura vegetal do bairro e o aumento de movimento. As empresas farão obras de infra-estrutura, como a abertura de vias - que depois ficarão sob a responsabilidade do município - e a melhoria do sistema de drenagem da região, num custo de R$ 16 milhões. (ZH/54)