A última consulta pública da primeira etapa do programa que vai definir o uso futuro das águas do Guaíba ocorreu ontem, no auditório da Farsul, em Porto Alegre. Os encontros realizados serviram para colher as sugestões da população. O resultado, conforme explica a presidente do Comitê de Gerenciamento do Guaíba, Nanci Giugno, vai ser analisado para a construção de políticas públicas, dentro da realidade financeira dos municípios participantes.

Quando a tabulação dos dados estiver pronta, em meados do ano que vem, serão apresentadas as políticas elaboradas pelo comitê. A avaliação das audiências públicas ainda não foi feita oficialmente, afirma a presidente do comitê, mas, pelo que foi observado nos encontros, um dos principais desejos é a balneabilidade das praias do Guaíba. —Na comunidade de Ipanema, na da Alegria, na cidade de Guaíba, todos querem que sejam balneáveis—, revelou Nanci .

Segundo ela, alguns manifestaram interesse em tornar as praias aptas ao turismo e na preservação da vida aquática. No Centro da capital, os moradores disseram estar preocupados com o abastecimento público da água. A comunidade pediu a despoluição do Guaíba, porque considera mais eficaz melhorar a qualidade da água que já existe do que buscar novas fontes de abastecimento mais distantes. Além isso, a navegação praticada por navios de carga é bastante evocada. O transporte de passageiros foi uma necessidade que os porto-alegrenses que foram à audiência pública em Guaíba sentiram. —Foi no dia em que a ponte quebrou. Perdemos muito tempo. Sentimos na carne—, admite ela. (CP/12, JC/22)