Duto da Repsol-YPF causa emergência ambiental em Quilmes
2004-09-30
O Conselho Deliberativo da localidade argentina de Quilmes declarou, ontem (29/09), estado de emergência ambiental na zona costeira do Rio da Prata como conseqüência da contaminação por hidrocarbonetos, o que os conselheiros atribuem a uma perda de material de um poliduto da Repsol-YPF. No entanto, a Repsol-YPF assegura que esta perda de hidrocarboneto produziu-se em 1988, quando a empresa era propriedade da estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales. A Repsol-YPF sustenta que, hoje, não há fissuras capazes de originar vazamentos, pois, segundo assinalou, são realizadas inspeções periódicas nas instalações. Conforme estudo realizado pelo conselho, o derramamento de combustível produzido na zona costeira do Rio da Prata supera os 300 mil litros. A mancha estende-se desde o rio a até cerca de dois quilômetros da planta General Belgrano, que abastece a mais da metade dos habitantes da Grande Buenos Aires. A declaração de estado de emergência foi proposta pelo conselheiro Rubén Vicente, que denunciou que mais de 40 mil famílias sofrem transtornos respiratórios, neurológicos, gástricos e dermatológicos em conseqüência de conviver com os derivados de petróleo derramado. Vicente explicou que esta medida obriga a Repsol-YPF a trasladar as famílias que vivem naquele local para lugares seguros. Ele acrescentou que também exige a extração de combustível, dos líquidos contaminados e a remoção do solo, bem como a reparação da perda que originou o dano. (Clarín 29/09)