Poli/USP testa biorremédio para degradar plastificantes
2004-09-30
Um biorremédio para solos tropicais contaminados por plastificantes acaba de ser desenvolvido nos laboratórios do Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária e de Mecânica dos Solos da Escola Politécnica (Poli) da USP - Universidade de São Paulo. Microrganismos presentes no esgoto doméstico foram adaptados para degradar o ftalato de di-2-etilhexila- DEHP e utilizados para remediar o solo contaminado. O ftalato é um plastificante usado na indústria de tintas, vernizes, de artefatos de plásticos em geral, fios e cabos, inseticidas, PVC e embalagens, entre outras.
—Estudos indicam que, em contato direto com o ser humano, esse plastificante pode diminuir a fertilidade, causando efeitos adversos no sistema reprodutivo—, explica Silvia Marta Castelo de Moura Carrara, autora da tese de doutorado —Biorremediação de áreas contaminadas por plastificantes: caso do ftalato de di-2-etilhexila—, defendida recentemente na Poli. O DEHP integra uma lista dos 126 poluentes prioritários definidos pelo órgão de proteção ambiental dos Estados Unidos e de uma classe de compostos que causa disfunções endócrinas ao ser humano, denominada endocrine disrupting compounds- EDC. (Agência USP, 28/09)