Estudo vê pontos negativos na transposição do São Francisco
2004-09-27
Obra dos sonhos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o desvio das águas do São Francisco por 720 quilômetros de canais de concreto abertos na caatinga vai reduzir a geração de energia no rio e provocar desemprego antes de combater a seca no Nordeste. Esses são apenas dois dos efeitos negativos da obra listados no Rima (Relatório de Impacto Ambiental) encomendado pelo Ministério da Integração Nacional. O documento, disponível no endereço eletrônico do ministério, é o primeiro passo para o licenciamento ambiental em análise no Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Embora não haja prazo para a licença sair, o governo espera começar a obra no início de 2005, com o R$ 1,073 bilhão que o projeto de Orçamento lhe destina no ano que vem. Ao final de 136 páginas de considerações sobre prós e contras, o Relatório de Impacto Ambiental afirma que a transposição das águas do São Francisco —apresenta uma solução eficiente e estruturante para aumentar a oferta de água— na região da seca. (Folha de São Paulo, 24/09)