Morto em 22 de dezembro de 1988, o líder seringueiro e ambientalista Francisco Alves Mendes Filho, o Chico Mendes, teve ontem seu nome incluído no livro dos Heróis da Pátria. O volume é guardado no Panteão da Liberdade, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Entre os agraciados com o título estão figuras históricas como o Duque de Caxias e Santos Dumont. Lei determinando a inclusão de Mendes no livro foi publicada ontem no Diário Oficial da União. O ambientalista alcançou projeção nacional e internacional por sua atuação pela preservação das florestas.

Ao lutar para que uma reserva extrativista fosse explorada de forma não-predatória, tornou-se um incômodo para fazendeiros que migraram de várias partes do Brasil para as redondezas de Xapuri, no Acre, e causaram devastação na ecologia amazônica. Mendes foi assassinado a tiros por Darci Alves a mando do pai, o fazendeiro Darly Alves. Darly foi preso em 1989 e condenado a de 19 anos de prisão. Mas fugiu da cadeia em fevereiro de 1993, só sendo recapturado em agosto de 1996. Em 1999, Darly ganhou o direito de passar os dias fora da cadeia. (ZH, 24/09)