Apesar das previsões pessimistas, empresários do setor moveleiro de São Bento do Sul, em SC, não acreditam que possa faltar madeira nos próximos anos. De acordo com o Ministério de Meio Ambiente, o déficit, iniciado nos anos 80, criará uma situação crítica até 2008, o que deve aumentar ainda mais o preço da madeira no mercado nacional. Para o presidente do Sindicato das Indústrias do Mobiliário (Sindusmobil), Udo Weihermann, tudo não passa de especulação dos grandes reflorestadores. Segundo ele, o metro cúbico de pinus é comercializado entre US$ 100 e US$ 120, um dos preços mais baixos do mundo. - A tendência, no caso de uma possível diminuição da demanda de pinus será a adaptação dos parques fabris para utilizar madeiras alternativas, como eucalipto, que de acordo com o empresário, possuem reservas maiores que as de pinus. Quando acabou a imbuia ninguém fechou. Todos encontraram como alternativa o pinus, O dirigente avalia que o assunto é utilizado pelas grandes reflorestadoras como argumento para elevar o preço da madeira. Apesar do crescimento das exportações brasileiras, o empresário afirma que muito pouco de madeira in natura é exportado pelo País. —Hoje todos tentam agregar valor ao produto para exportar. Existe a exportação de madeira, mas nada que reflita nas indústrias e, quanto a este tipo de exportação, a tendência é acabar—, revela. (A Notícia, 23/09)