O Irã desafiou a Agência Nuclear das Nações Unidas, nesta terça-feira (21/9), aoanunciar que começou a conversão de toneladas de urânio em gás, o que é um passo crucial para a produção de combustível nuclear de reatores ou mesmo de bombas nucleares. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) já havia requerido, no sábado passado (18/9), que o Irã suspendesse tais atividades. As declarações do Irã, feitas em Viena pelo chefe da Organização de Energia Atômica daquele país, Gholamreza Aghazadeh, colocaram o Irã em rota de colisão com os Estados Unidos, que tem feito um rigoroso lobby para a AIEA não incluir o Irã no Conselho de Segurança, alegando que o país não respeita o Tratado de Não-proliferação de Armas. O anúncio de Aghazadeh apenas dá mais peso aos argumentos de Washington. No último sábado (18/9), os 35 membros da AIEA aprovaram uam resolução chamando o Irã para que ele pare com as atividades de enriquecimento de urânio. Como signatário do Tratado de Não-proliferação de Armas, o Irã tem o direito de converter urânio em gás e de concentrar o isótopo 235 em fissão, em centrífugas de alta velocidade, no processo chamado enriquecimento. Porém, não pode começar o programa de enriquecimento sem notificar a AIEA. (NY Times, 22/9)