Estudo vai mapear Aqüífero Guarani
2004-09-22
O Aqüífero Guarani, um dos maiores focos de água subterrânea do mundo, começará a ser estudado até o fim do ano, anunciou segunda-feira, em Corumbá (MS), Luiz Amore, secretário-geral do Projeto Aqüífero Guarani, formado pelos quatro países. O estudo procurará identificar a quantidade de água que chega ao aqüífero pelas chuvas e rios, a quantidade que já está sendo captada pelos países e até que ponto a poluição urbana, o uso de agrotóxicos e os poços artesianos estão lhe poluindo. - Precisamos disso para pouparmos e podermos aproveitar melhor o aqüífero. Até agora temos mais dúvidas do que certezas, e não podemos nos dar ao luxo de perdermos água - disse Amore ao Diário Catarinense.
No dia 20, ao falar a especialistas de 10 países reunidos no Festival América do Sul, em Corumbá, Amore anunciou que o Projeto Aqüífero Guarani conseguiu um empréstimo de US$ 25 milhões (cerca de R$ 70 milhões) com o Banco Mundial para fazer estudos. - O aqüífero é como uma banheira. Você põe água por cima e tira por baixo. Saber a quantidade que entra e a sai é importante - disse Miguel Auge, professor de Hidrogeologia da Universidade Nacional de Buenos Aires. O aqüífero é usado desde os anos 80. E até recentemente não era motivo de debates e de preocupação. O quadro mudou com a união dos quatro países em torno do Projeto Aqüífero Guarani. (DC, 21/09)