Poluição dentro de bar supera a das estradas
2004-09-22
O risco de câncer pode ser maior para quem respira o ar enfumaçado de um bar do que para quem transita em avenidas com grande movimento de caminhões no horário do rush. A constatação é de uma pesquisa realizada pelo biofísico americano James Repace, da Universidade Tufts, em Boston (Estados Unidos), um dos primeiros cientistas a sugerirem uma relação de causa entre fumo passivo e tumores. Segundo o estudo, o ar dos bares em que há muita fumaça de cigarro contém cerca de 50 vezes mais partículas cancerígenas do que as estradas lotadas de caminhões a diesel no horário de pico -ao menos nos Estados Unidos.
O ar de seis bares, um cassino e um salão de sinuca na cidade americana de Delaware foi analisado entre os meses de novembro de 2002 e janeiro de 2003.
Os aparelhos medidores acusaram a presença de duas substâncias cancerígenas relacionadas ao tabaco: um grupo de químicos chamados de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, ou PPAHs, na sigla em inglês, e partículas minúsculas de fuligem capazes de penetrar nos pulmões.
- Essas são as substâncias mais perigosas do fumo passivo e podem provocar irritações nas vias aéreas e levar a crises de asma e bronquite- ressalta o pesquisador Chin An Lin, do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. (Folha de São paulo, 21/09)
África quer a volta da caça a rinoceronte
A Namíbia e a África do Sul querem permitir a caça do rinoceronte negro em seus territórios, e devem apresentar a proposta em um encontro da Cites (Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora), que acontece em outubro na Tailândia. O número de rinocerontes negros caiu de 65 mil, na década de 1970, para 2.400 na década de 1990. Hoje, as organizações ambientalistas calculam que existam cerca de 3.600 indivíduos da natureza, após a perseguição ser proibida. (Folha on line, 21/09)