Brasil é privilegiado no setor de água mineral, mas ainda falta know how
2004-09-21
O Brasil detém 30% dos recursos mundiais de água mineral, o que o coloca numa posição privilegiada frente às previsões de escassez de água potável nas próximas décadas. Com uma taxa média de crescimento de consumo da ordem de 10%, nos últimos anos, o setor de água mineral brasileiro, no entanto, não está livre de problemas que podem comprometê-lo. Um deles é a proliferação descontrolada de empresas que utilizam a denominação de água mineral sem que o produto contenha os bens minerais que detêm funções terapêuticas, curativas e restauradoras de uma série de funções orgânicas dos seres humanos. Outro é a contaminação da água causada pelo envasamento impróprio do produto em embalagens retornáveis, sem o devido cuidado em relação à vedação da tampa, ou de desinfecção do recipiente e desrespeitando o tempo de vida útil dos mesmos. Essa prática acaba por comprometer a qualidade do produto, oferecendo risco à população. Estes foram alguns assuntos debatidos no 13 º Congresso Brasileiro da Indústria de Águas Minerais & Expo ABINAM 2004, realizado recentemente na cidade de Águas de Lindóia. O evento, promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais (ABINAM) e pelo Sindicato Nacional da Indústria de Águas Minerais (SIDINAM). Na Assembléia Legislativa de São Paulo, está tramitando um projeto de lei que visa justamente ao controle da circulação e do uso de vasilhames retornáveis de plástico, a fim de evitar a contaminação no comércio de água mineral.