A matriz energética brasileira deverá continuar predominantemente hidrelétrica, mas a sua diversificação ajudará o país a superar períodos de escassez de chuvas. A avaliação é do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), que vê com bons olhos não só o uso de fontes alternativas como a integração das usinas térmicas e hidráulicas dentro do sistema elétrico brasileiro. Para o ex-diretor de Gás e Energia da Petrobrás, a integração vai otimizar o sistema, evitando uma grande dependência das condições de vazão dos rios.

Segundo o senador, a complementaridade entre as duas fontes de energia, prevista no novo modelo do setor elétrico, será regulamentada pelo Ministério de Minas e Energia. A construção de novos gasodutos para garantir o fornecimento de gás às térmicas permitirá, de acordo com Amaral, viabilizar essa integração. —O objetivo é criar uma espécie de seguro para as hidrelétricas e assim evitar racionamentos, acrescenta. Segundo ele, a intenção da integração é criar uma espécie de seguro para evitar racionamentos e otimizar o sistema elétrico. — Com as térmicas operando de forma integrada, vamos deixar de depender exclusivamente das condições de vazão dos rios. Normalmente, as usinas térmicas – movidas a óleo diesel, carvão ou gás natural – estão próximas aos centros de consumo, o que facilita o abastecimento dessas áreas em caso de necessidade. Dessa forma, a térmica pode agir de forma complementar no sistema, finaliza.