A Companhia Vale do Rio Doce pretende finalizar, no final de outubro, os estudos técnicos do projeto de exploração de minas de carvão em Moatize, no Vale do Rio Zambeze, em Moçambique. Em seguida, a mineradora pretende apresentar uma oferta ao governo moçambicano, informou o presidente da Vale do Rio Doce, Roger Agnelli. Ele revelou ainda o interesse da mineradora em reservas potenciais de carvão na Mongólia e na Venezuela, além de reservas no Peru, Chile, Angola, Mongólia e Brasil. Agnelli reconheceu o avanço da Vale na área de não-ferrosos, mas reafirmou que a Vale jamais deixará de ter o minério de ferro como seu negócio principal. O interesse da Vale nas minas de carvão do país africano foi revelado no início deste mês, durante a visita do presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, ao Brasil, que concedeu um perdão da dívida do país. — Estamos olhando o suprimento da matéria-prima para a siderurgia. Vamos ter um carvão melhor e de boa qualidade para a indústria siderúrgica, disse Agnelli após receber o prêmio de Empresa do Ano concedido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Ele afirmou ainda que o objetivo do projeto é exportar parte do carvão explorado em Moçambique. (FSP 20/09)