Governos devem ter inventário sobre destruição da camada de ozônio
2004-09-17
No Dia Internacional para a Proteção da Camada de Ozono, comemorado ontem (16/9), a ONU conclamou os governos a elaborarem um inventário das substâncias destruidoras da camada de ozônio que existe na estratosfera do planeta, a uma altura de 25 quilômetros, e que filtra os raios solares prejudiciais à vida na Terra. O diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA), Klaus Toepfer, apelou ontem (16/9) aos governos para reforçarem as medidas que limitam o consumo dessas substâncias, entre elas o brometo de metila. Este produto foi inscrito, em 1992, no Protocolo de Montreal como uma das substâncias responsáveis pela destruição da camada de ozônio. Trata-se de uma substância utilizada na agricultura para combater fungos, insetos, infestantes e ratos que deverá ser eliminada de forma gradual até 2005. No entanto, vários agricultores de países desenvolvidos - na Austrália, Europa e América do Norte - expressaram preocupação sobre o fato de as alternativas ao brometo de metila serem mais caras e pouco eficazes. Os seus governos estão tentando prolongar a utilização da substâncias para depois de 2005, algo que será discutido na próxima reunião das partes do Protocolo de Montreal, assinado em 16 de setembro de 1987 em Praga, República Checa. –Os esforços para recuperar a camada de ozônio têm tido muito êxito. Os cientistas consideram que em meados deste século e, como resultado das medidas adotadas, a camada de ozônio vai recuperar. Mas isto está longe de ser uma garantia, disse Toepfer. O Dia Internacional comemorou-se sob o lema Salva o Nosso Céu: a nossa meta é um planeta amigo do ozônio. (Ecosfera, 17/9)